Resenha #307: O Primeiro e o Ultimo Verão - Letícia Wierzchowski

Título: O Primeiro e o Último Verão
Autor: Letícia Wierzchowski
Editora: Globo Livros
Edição: 1
ISBN: 9788525062864
Gênero: Romance nacional
Ano: 2017
Páginas: 152

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Avaliação: 




RESENHA


Letícia Wierzchowski, autora de A Casa das Sete Mulheres, estreia na ficção juvenil com O Primeiro e o Último Verão, romance curtinho sobre as passagens marcantes na transição da infância para a adolescência e desta para a vida adulta. 

O livro se passa no Sul do Brasil e é marcado pelos anos oitenta e sua cultura, comportamento e música. A protagonista, e também narradora da obra se chama Clara, ou Clarinha para os íntimos. Ela possui 14 anos de idade e é a mais velha de três irmã. Todo verão sua família passa as férias de inicio de ano no litoral, em Pinhal. É um dos momentos do ano mais aguardados por ela, porque consegue encontrar os amigos que todo ano estão também por lá; como Beatriz e sua irmã Deia, assim como Deco, o paquera de Clara, entre outros que compõem a turma de amigos que se possuem casas no mesmo lugar.
No verão em que a história se passa, Clara começa um relacionamento com Deco. E essa nova experiencia na vida da jovem começa a marcar as novidades que o envelhecimento traz consigo. Ela se apaixona por ele, e os dias naquele veraneio se tornam mais divertidos. Enquanto essa paixão se aflora, em casa, os pais da menina passam por um momento conturbado no casamento, são indícios de uma traição que podem abalar a estrutura matrimonial. E com essas novidades, novas vivencias, Clara vai aprender muito sobre a vida no verão que jamais iria se esquecer.

O Primeiro e o Último Verão é uma excelente estreia da autora no gênero juvenil. Ela não decepciona. É possível sentir a nostalgia dos anos 1980 e inicio dos 1990 com as canções de Legião Urbana e A-ha, as brincadeiras de crianças nas ruas, as amizades, os detalhes que eram mais valorizados como as cartas e o contato mais intimo, cara a cara que dão um sentimento maior por essa história, principalmente para aqueles que viveram a época. Por outro lado, quem não viveu, consegue sentir como era a realidade daquele tempo, como se essas características das relações trouxessem de fato aprendizados as pessoas que absorviam bastante do que passavam. Por isso, apesar de ter um público alvo, o livro pode ser lido por qualquer um. 
Nos momentos mais tristes da narrativa, somos preenchidos por uma melancolia sem tamanho. É a dor da perda que sentimos, como uma pontada no peito causada pela notícia de uma volta que nunca chegará a seu destino final. 
Com personagens simples e uma narrativa que se adapta ao público em questão sem subestimá-lo, Letícia Wierzchowski nos lembra da beleza que é viver, e o quanto a vida pode ser alegre quanto traumática dependendo da ótica em que tivermos. 


Até logo,
Pedro Silva

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1 Comentários

  1. Letícia Wierzchowski é uma autora que a gente já espera coisa boa.
    E o livro parece ser realmente muito bom.
    Ótima resenha Pedro. Já quero ler também!

    Ps: Que capa linda <3

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