Transferindo-se com a família
para a Rio de Janeiro, pouco depois, por concurso, ingressou no Serviço Público
Federal. Entre outras funções de relevo, teve incumbências no exterior,
secretariando delegações governamentais a duas conferencias internacionais do Trabalho,
em Genebra, a dois congressos de Previdência Social, em Buenos Aires e em
Madri, e a uma Conferência dos Estados da América membros da OIT, em
Petrópolis. Representou o Brasil numa Reunião Americana realizada no Peru,
promovida pela OIT, para estudar os problemas da mão de obra feminina na
América Latina.
As irmãs Tânia, Elisa e Clarice. |
Entrementes, colaborava com
revistas e jornais literários, e a partir de 1947 passou a dedicar-se também ao
jornalismo. Durante todo esse tempo continuou a fazer cursos, entre eles o de
Sociologia na Faculdade Nacional de Filosofia, e o de Crítica de Arte, na
Fundação Brasileira de Teatro.
A autora estreia como romancista
com o livro Além da fronteira, de 1945, dois anos após a publicação do primeiro
romance de sua irmã mais nova, Clarice Lispector, com o título de Perto do coração
selvagem.
Com traços autobiográficos, em No Exílio, lançado em 1948, a autora narra o caminho percorrido de uma família da Ucrânia buscando refugio no Brasil.
Com traços autobiográficos, em No Exílio, lançado em 1948, a autora narra o caminho percorrido de uma família da Ucrânia buscando refugio no Brasil.
Ela foi o primeiro escritor a
ganhar o Premio José Lins do Rego, instituído pela Livraria José Olympio Editora
em 1962 e destinado exclusivamente a autores de romances inéditos. Concorreram
119 candidatos, e entre os sete romances julgados finalistas a Comissão
Julgadora concedeu, unanimemente, o prêmio a O Muro de Pedras, de Elisa Lispector, que usou o pseudônimo de
Congonhas. Integraram a Comissão os escritores Rachel de Queiroz, Adonias Filho
e Octavio de Faria. O Muro de Pedras é um de seus trabalhos mais reconhecidos e
apreciados pela crítica.
Estreiou como contista em 1970,
com a publicação de Sangue no sol, seguido
por Inventário (1977) e O Tigre de bengala (1985). A sua última
coletânea de contos foi agraciada com o prêmio Pen Clube, em 1986.
Elisa morreu em 6 de janeiro de
1989, no Rio de Janeiro, onde fixara residência, aos 77 anos.
Em 2011, sob organização de Nádia Gotlib, é publicado um livro inédito deixado pela autora: Retratos antigos, um mergulho no passado dos seus ancestrais através de fotos de família.
OBRAS
Além da fronteira. Rio de Janeiro: Editora Leitura, 1945.
No exilio. Rio de Janeiro: Editora Pongetti, 1948.
Ronda solitária. Rio de Janeiro: Editora A Noite.
O muro de pedras. Rio de Janeiro: Livraria Jose Olympio Editora, 1963 (Premio José Lins do Rego 1962, da Livraria
Jose Olympio Editora, e "Premium Coelho Neto" 1964. de Academia
Brasileira de Letras).
O dia mais longo de Thereza. Rio
de Janeiro: Editora Record, 1965
A última porta. Rio de Janeiro: Editora Documenta rio. 1975
Corpo-a-Corpo. Rio de Janeiro: Edições Antares (1983)
CONTOS
Sangue no sol. Brasilia: Editora
Ibrasa, 1970.
Inventário. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1977
O Tigre de bengala. Rio de Janeiro: José Olympio
Editora (1985)
PARTICIPACAO EM ANTOLOGIAS
Antologia Escolar de Escritores
Brasileiros de Hoje (Ficção). Organizada por Renard Pérez. Rio de Janeiro: Edicões de Ouro, 1970.
Letteratura Brasiliana - Profilo
Storico. Organiza da por Giuseppe Carlo Rossi. Napoli: Edizioni Cymba, 1971
Apresentação da Literatura
Brasileira. Organizada por Oliveiros Litrento. Rio de Janeiro: Biblioteca do
Exército/Editora Forense Universitária Ltda., 1974.
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