Autor: Herman Melville
Tradutor: A. B. Pinheiro de Lemos
Editora: José Olympio
Edição 2ª
ISBN: 9788503013116
Gênero: Novela
Ano: 2017
Páginas: 96
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Avaliação:
RESENHA
"Bartleby, o Escritvão", é uma novela escrita pelo autor Herman Melville e publicada originalmente em duas partes na revista americana Putnam's Magazine no ano de 1853 e ganha uma nova edição brasileira pelo selo José Olympio do Grupo editoral Record.
"Bartleby, o Escrivão" é um texto curto, sem muitos cenários e conflitos. Por ser narrado em primeira pessoa, não sabemos muito o que se passa dentro do rapaz. A situação nos passa a mesma inquietude do advogado e principalmente em relação ao personagem Bartleby que aos poucos demonstra que está sendo tomando por sentimentos maus e se fechando em uma concha que não lhe permite fazer nada além de ficar em seu canto. Ele é uma cara solitário, que trabalha sozinho e antes de trabalhar no escritório, ele trabalhava com cartas, arquivo morto, correspondências carregando histórias que nunca chegaram a seus destinatários.
Às vezes, há coisas que a gente não quer de jeito algum fazer, mas nem sempre temos a coragem de negar uma prestação de serviço, e por conveniência acabamos fazendo. Seria bom poder dizer, nesses momentos, a mesma frase que o Bartleby. Talvez, esse sentimento de negação do personagem possa ter se dado pela sua grande atividade e dedicação no início do trabalho, o que foi saturando o escrivão por ser algo repetitivo e sem tanto sentido.
É uma obra muito rápida de ser lida, mas para digerir e com significados do individuo e a vida social. Uma das melhores histórias curtas que já li e que consegue ao mesmo tempo ser profunda e divertida, mas de um jeito sombrio, porque a cada página vemos que estamos caindo em um abismo. A principio, fiquei curioso com o Bartleby, achei até que fosse um trapaceiro, só que fui me sentindo representado em sua solidão e sentindo a tristeza desse personagem. Mesmo não querendo realizar sua tarefa, ele consegue ser delicado, tem uma passividade que além de nos colocar em sua pele, nos transporta para o narrador que se pergunta o que está acontecendo.
Realmente, é um livro para se ler e reler, pois nos deixa algo que é difícil de traduz, apesar de sentirmos.
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