Resenha #299: Para Educar Crianças Feministas - Chimamanda Ngozi Adichie (+SORTEIO)


Título:  Para Educar Crianças Feministas
Autor: Chimamanda Ngozi Adichie
Tradutor: Denise Bottmann
Título originalDear Ijeawele, or A Feminist Manifesto
Editora: Companhia das Letras
Edição 1
ISBN: 8535928510
Gênero: Manisfesto / Não-ficção
Ano: 2017
Páginas: 96

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Avaliação: 



RESENHA



"Nossa premissa feminista é: eu tenho valo. Eu tenho igualmente valor. E ponto final" (p.12)
Em Para Educar Crianças Feministas - Um Manifesto, Chimamanda Ngozi Adichie retoma o tema da igualdade de gênero discutido no Sejamos Todos Feministas, mas aqui com uma perceptiva voltada para educação infantil em forma de um manifesto dividido em 15 sugestões.

Tudo começou quando uma amiga de Chimamanda pediu que ela desse dicas de como criar a filha, que estava para nascer, como feminista. Então a autora lhe escreveu uma carta com suas reflexões sobre o tema. Este livro é uma versão da carta contendo algumas alterações com o proposito de criar nossos filhos na esperança de um mundo mais justo para mulheres e homens.

As sugestões que Chimamanda nos dá ao longo da carta a principio pode parecer uma tarefa simples, mas na verdade é imensa. Vemos que para educar crianças seguindo a logica da autora é necessário ser exemplo e passar para a criança o seu valor, dar senso de identidade e que deve haver a igualdade dos gêneros, sem distinções de tarefas, brincadeiras ou qualquer coisa que se enquadrem em "papéis de gênero". Essa tarefa de educar não cabe somente a mãe, mas o pai pode e deve fazer, como diz a autora, tudo o que a biologia lhe permite, menos amamentar, e ambos necessitam ter um diálogo muito aberto com seus filhos sobre tudo, ensinando-lhes sobre a diferença e como fazer a diferença.
Há um pequeno alerta da autora para com o feminismo chamado de leve, com o argumento de que ou você é feminista ou não; ou acredita na plena igualdade entre homens e mulheres ou não.

Embora as dicas estejam mais voltadas para as meninas, já que foi a proposta da carta, a autora poderia ter trabalhado mais um pouco (uma vez que se deu ao trabalho de mexer no texto) para trazer mais abordagens da educação de um garoto, para que o mesmo não seja criado com um machista. Mas é possível, a partir desse manifesto converter essas questões e, depois que entendida as sugestões, adaptá-las na educação de meninos.
O livro, infelizmente, é curtíssimo, mas isso não tira o mérito da autora que consegue ser sucinta e direta ao ponto, com um texto cheio de ironia e reflexões tão pertinentes atualmente e que nos traz uma chama de esperança para um mundo em que a desigualdade de gênero não seja mais um martírio. Um livro prático e útil que recomendo fortemente.

SORTEIO


Até logo,
Pedro Silva

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