Título: O Androide
Autor: Paulo de Castro
Editora: Novos Talentos da Lit. Brasileira (Novo Seculo)
Edição: 1
ISBN: 8542808126
Gênero: Romance brasileiro / Ficção Cientifica
Ano: 2016
Páginas: 256
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Autor: Paulo de Castro
Editora: Novos Talentos da Lit. Brasileira (Novo Seculo)
Edição: 1
ISBN: 8542808126
Gênero: Romance brasileiro / Ficção Cientifica
Ano: 2016
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Avaliação:
RESENHA
O que pode ser considerado mais humano que a habilidade, ou até mesmo necessidade, de se questionar sobre qual o “sentido da vida”? Todos nós provavelmente passamos ou passaremos em algum momento de nossas vidas por uma situação que nos faz pensar, para que existimos? Por que existimos? Qual nosso objetivo na Terra? Tá, talvez você nunca tenha se questionado tanto mas com certeza já ouviu esse questionamento algum dia, e é esse questionamento que se repete várias vezes durante toda a história de Androide, e surpreendentemente não é feito por humanos, mas por máquinas.
Androide conta a história de um futuro distópico onde a tecnologia evoluiu ao ponto de criar robôs e androides pensantes, no entanto algo deu errado e um destes androides se revoltou começando uma guerra do “Homem contra a máquina” que infelizmente a raça humana perdeu. A maior parte do livro se passa séculos depois do fim da guerra, os humanos estão extintos e o responsável pela guerra domina a Terra com tirania, exterminando qualquer robô que não esteja sob seu controle.
Androide conta a história de um futuro distópico onde a tecnologia evoluiu ao ponto de criar robôs e androides pensantes, no entanto algo deu errado e um destes androides se revoltou começando uma guerra do “Homem contra a máquina” que infelizmente a raça humana perdeu. A maior parte do livro se passa séculos depois do fim da guerra, os humanos estão extintos e o responsável pela guerra domina a Terra com tirania, exterminando qualquer robô que não esteja sob seu controle.
Como é de se esperar existe uma resistência, não são todos os androides que se ressentem da raça humana, no entanto não estão organizados, são apenas fugitivos vivendo escondidos em ferros-velhos, com medo e sem confiar em ninguém. Alguns afetados por um vírus perderam toda a razão, outros estão perdendo aos poucos por não conseguir encontrar um objetivo pra sua vida, afinal, todos são (ou somos) programados para algo na vida e será que vale a pena viver quando não se pode cumprir esta “programação”?
O “protagonista”, androide JPC-7938, passava por este questionamento diversas vezes por dia durante os séculos que viveu escondido tentando preservar sua existência e usando suas habilidades de médico sempre que uma oportunidade surgia, afinal fora pra isso que ele foi programado. Um dia algo muda sua rotina perfeitamente calculada e tudo foge das probabilidades previamente pensadas e revistas, e então JPC-7938 se vê com uma escolha em suas mãos metálicas, será ele capaz de reviver a raça humana? Seria uma máquina capaz de se tornar um profeta divino? “Poderia a máquina ser esse Deus, dando vida de novo aos homens?”.
Paulo de Castro brinca com a raça humana e suas dúvidas mais profundas, ele brinca com o sentido da vida e sai impune pois ele faz isso de uma maneira incrível, fazendo com que máquinas questionem sua própria “humanidade”, e o que é afinal ser humano.
Uma coisa que achei incrível neste livro é que ele é brasileiro, no sentido que você está acostumado a ler ficções e distopias onde a Casa Branca é atacada, ou a Estátua da Liberdade é destruída, sempre o foco da ação é nos Estados Unidos ou até mesmo na Europa, mas este se passa no Brasil e é muito estranho mas satisfatório ver os personagens falando “vamos pra Minas Gerais” ou coisa do tipo, achei um ponto a mais pro livro com certeza.
A diagramação do livro ficou ótima, a capa é muito linda com verniz localizado. Além disso, a editora fez um bom trabalho na diagramação, com letras em tamanho ideal para que a leitura seja bastante confortável.
Apesar da leve confusão no início do livro, Androide é um excelente romance brasileiro é uma excelente alternativa de leitura para 2017.
1 Comentários
Fico muito feliz quando autores brasileiros escrevem livros com um enredo tão bons quanto esse que acabo de ler. Saber que uma história distópica como essa , se passa no Brasil é até estranho por estarmos tão acostumados com a literatura estrangeira. Gosto muito de Distopias e ficção, espero ter a oportunidade de ler essa obra em breve. Beijinhos!!
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