Autor: Lemony Snicket
Ilustração: Brett Helquist
Tradução: Carlos Sussekind
Editora: Seguinte (Companhia das Letras)
Edição: 1 (17° reimpressão)
ISBN: 9788535902105
Gênero: Ficção / Aventura / Juvenil
Ano: 176
Páginas: 2002
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Avaliação:
RESENHA
Um mês de projeto e chegamos finalmente ao quarto livro da série Desventuras em Série, a partir de agora estamos aptos a assistirmos ao seriado tendo lido as obras que serviram de base para a primeira temporada. Serraria Baixo-Astral foi lançado em abril de 2000, sob o o título original de The Miserable Mill (algo como O moinho miserável).
Dessa vez, apos os acontecimentos de O Lago das Sanguessugas, os Baudelaire, Violet, Klaus e Sunny viajam de trem até a cidade de Paltryville, para o novo lar juntamente com o sr. Poe, até metade do caminho da Serraria Alto-Astral, comanda pelo novo tutor das crianças, o Senhor (seu nome é tão difícil que em nenhum momento do livro é mencionado) em parceria com o adorável e bobo Charles. Em troca da moradia, as crianças terão que realizar um trabalho duro na serraria, mexendo com madeira e maquinas perigosíssimas a troco de que o Senhor mantenha longe o temível e conde Olaf.
Ao chegar na Serraria Alto-Astral, as crianças conhecem o otimista Phil, um dos trabalhadores explorados na serraria em troca de cupons de desconto, além do exigente Ccapataz flacutono, um homem que parece ter em si a maldade e nenhuma pena dos trabalhadores. Mas antes de chegarem a serraria, Violet, Klaus e Sanny avistam um prédio num formato de olho, muito semelhante ao tatuado na perna do conde Olaf, e um arrepio toma conta das três crianças. Logo descobrem que ali é o consultório da oftalmologista Georgina Orwell (e sua secretaria Shirley), que escreveu o livro "Ciência ocular avançada", um dos três únicos livros da biblioteca da cidade. Ao longo dos acontecimentos, eles terão que a todo instante se certificarem de que o conde Olaf realmente está por perto.
Serraria Baixo-Astral, sem dúvidas, é um dos melhores livros lido até então, por mais que siga uma linha em que as crianças chegam em um novo lar, dão de cara com as dificuldades e logo o conde Olaf aparece para infernizar, nesse quarto livro, o enredo toma já um caminho distinto e a todo instante ficamos desconfiados por não sabermos onde o conde se escondeu dessa vez. O pior é que a principio, acabamos desconfiando de pessoas que não têm nada a ver com o malvado. No entanto, quando ele aparece, é impossível não ter certeza de que realmente é o próprio.
Aqui são denunciados tanto o trabalho infantil, que as crianças fazem arduamente e sem nenhum meio para tal, quanto o trabalho escravo de adultos, que são explorados pelos seus patrões a troco de um "falso salário" , afinal, é impossível comprar algo com cupons de desconto, quando não se tem dinheiro para cobrir a quantia que resta da conta. Fora isso, ainda temos a negligência em relação à alimentação e recursos que os trabalhadores não recebem corretamente.
Em relação ao andar da obra, esse livro não revela tanto dos mistérios ocultos quanto esperamos. Foi fácil descobrir a ligação muito aparente do nome da Dra. Orwell com o escritor George Orwell do 1984, onde o Estado queria controlar o povo. Os nomes Charles e Phil são também os nomes de dois membros da Família Real Britânica e Flacutono é um anagrama para Cond Olaf.
No geral, foi uma leitura muito divertida e ligeira, que no final deixou o sentimento singelo de que tudo ficou bem. No entanto, sabemos que o destino das crianças no quinto volume não parece ser nada promissor. Só lendo para sabermos.
E você Sortudo, o que achou do quarto livro?
1 Comentários
Olá Pedro!
ResponderExcluirResenha muito legal, teve alguns detalhes que me passaram despercebidos! Ainda bem que vim ler sua resenha! A leitura desses livros tem sido muito gostosa (apesar do sofrimento dos Baudelaire). Já estou no sexto livro e as coisas tem adquirido um ar mais perigoso e sério! Ótimo post! :)
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Obrigado pelo seu comentário!