Título: Mau Começo
Autor: Lemony Snicket
Ilustração: Brett Helquist
Tradução: Carlos Sussekind
Editora: Seguinte (Companhia das Letras)
Edição: 1 (31 reimpressões)
ISBN: 9788535900941
Gênero: Ficção / Aventura / Juvenil
Ano: 2001
Páginas: 152
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Autor: Lemony Snicket
Ilustração: Brett Helquist
Tradução: Carlos Sussekind
Editora: Seguinte (Companhia das Letras)
Edição: 1 (31 reimpressões)
ISBN: 9788535900941
Gênero: Ficção / Aventura / Juvenil
Ano: 2001
Páginas: 152
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Resenha
“Se vocês se interessam por histórias com final feliz, é melhor ler algum outro livro. Vou avisando, porque este é um livro que não tem de jeito nenhum um final feliz, como também não tem de jeito nenhum um começo feliz, e em que os acontecimentos felizes no miolo da história são pouquíssimos. E isso porque momentos felizes não são o que mais encontramos na vida dos três Baudelaire.” pág. 9
"Mau Começo" é o primeiro volume de "Desventuras em Série", lançado originalmente nos Estados Unidos em 30 de setembro de 1999 e como o título bem sugere vamos ter um começo não tão bom para os personagens principais.
Nesse livro seremos apresentados aos irmãos bem educados e inteligentes Baudelaires: A mais velha, Violet, de apenas 16 anos, é uma inventora nata e quando prende o cabelo com sua fita, pode ter certeza de que alguma ideia ela acabou de ter. Klaus, de 12 anos, usa óculos e é um leitor voraz. Ele já devorou mais livros do que qualquer criança de sua idade. E por fim, e não menos fofa, temos a pequena Sunny, tão pequena quanto uma bota, que ainda não aprendeu a falar e tem um hábito de morder praticamente tudo. Sim, ela ainda é apenas um bebê fofo.
Nesse livro seremos apresentados aos irmãos bem educados e inteligentes Baudelaires: A mais velha, Violet, de apenas 16 anos, é uma inventora nata e quando prende o cabelo com sua fita, pode ter certeza de que alguma ideia ela acabou de ter. Klaus, de 12 anos, usa óculos e é um leitor voraz. Ele já devorou mais livros do que qualquer criança de sua idade. E por fim, e não menos fofa, temos a pequena Sunny, tão pequena quanto uma bota, que ainda não aprendeu a falar e tem um hábito de morder praticamente tudo. Sim, ela ainda é apenas um bebê fofo.
Em um dia na Praia do Sol, eles avistam sob a névoa, um homem que viria a ser o sr. Poe, o executor testamentário, trazendo-lhes a triste notícia da morte dos pais dessas três crianças num incêndio e que ele passaria a cuidar do futuro delas de acordo com o desejo dos seus progenitores; sendo assim, as crianças teriam que viver com um parente próximo [próximo no sentido mais literal da palavra, ou seja, em questão de localidade e não parentesco].
"Se alguma vez vocês perderam uma pessoa que tinha grande importância para vocês, então sabem como é que nos sentimos nessas horas, e, se nunca perderam, não dá nem para imaginar." Pág. 18-19
Esse parente acaba sendo o Conde Olaf, o qual as crianças não têm afinidade. Ele é um ator de uma companhia teatral que vivem em uma casa bem deteriorada com uma torre enorme e possui um símbolo de um olho entalhado no centro da porta já com a pintura gasta. Percebemos claramente que essa casa não oferece nenhuma estrutura para proporcionar conforto a três órfãos que, claramente, precisam de abrigo e segurança em um momento tão desolador de suas vidas.
Até então, as crianças não sabia que estavam caindo nas mãos de um carrasco que iria explorá-las com o intuito de abocanhar a fortuna dos jovens Baudelaires. No entanto, o testamento diz que o dinheiro só será mexido quando Violet atingir a maioridade... Mas os planos do Conde Olaf podem ser mais perigosos do que imaginamos e as crianças devem ser rápidas para desmascarar as maldades que seu novo tutor tem em mente.
"[...] mas é uma triste verdade da vida: quando perdemos um ente querido, os amigos as vezes nos evitam, justamente quando a presença de amigos é mais necessária." (Pág. 31)
“Mau Começo” na verdade foi uma excelente porta de entrada para essa série que se mostra incrível. Começamos a adentrar num universo melancólico e sombrio. Porém, o narrador da obra chamado Lemony Snicket e que teve a triste tarefa de contar a mais triste história dos jovens acaba sendo demasiado repetitivo em relação a todo sofrimento que eles estão passando. Sentimos a dor deles e suas angústias e a empatia em relação ao sofrimento da perda, mas é impossível ficar só nisso porque ele dá às situações um tom cômico que nos deixa bem divididos. Passamos na verdade a desconfiar de tamanha tristeza, pois aparenta ter algo oculto que não sabemos de que se trata.
Nessa primeira obra é claro o desejo do autor em criticar os sistemas de tutela, já que a todo instante as crianças são as que mais sofrem nesses processos e as que menos são ouvidas quando estão passando por dificuldades. O sr. Poe é bem desleixado em relação às crianças e os demais adultos parecem não ouvir o que elas têm a dizer, como se não fossem importante o que um jovem tem a dizer. Além disso, os adultos dessa obra são bem passíveis de se enganar, o que é algo bem estranho e que mais uma vez, gera desconfiança.
Acredito que “Desventuras em Série” pode ser uma obra bem gostosa de ser lida, tanto por crianças quanto por adultos e que ainda temos muitos mistérios a resolver. Não sabemos bem como aconteceu esse incêndio que matou os Baudelaires pais. Por que o narrador insiste em nos falar que a vida das crianças extremamente triste e ruim quando já sabemos disso? Quem será ele e por que recebeu "a infeliz tarefa" de nos contar essa história? Será que as crianças vão conseguir encontrar a felicidade em "A Sala dos Répteis"?
No geral, é um ótimo livro e vale destacar a preocupação do narrador em aplicar palavras desconhecidas e explicá-las de forma didática para crianças. Os nomes dos Sr. Poe e dos Baudelaires me remeteram aos escritores, respectivamente, Edgar Allan Poe e Charles Baudelaire e essas referências são divinas (será que temos algum mistério aqui?)
E vocês, o que acharam desse primeiro livro? Conte-nos aí nos comentários e vamos conversar.Seria um prazer!
2 Comentários
Eu já amo essa série desde que assistir o filme pela primeira vez. É uma pena que só tenha sido lançado apenas um filme. Uma das coisas que mais gosto na série é a originalidade. Ao partir da premissa que tudo dará errado, o autor já nos chama atenção e atiça, de forma veemente, a curiosidade do leitor pra descobrir se realmente tudo será sempre um completo desastre. E outra ponto que acho legal é a união dos irmãos em meio às crises por eles sofridas. O instinto de Violet de proteger os irmãos a todo custo é admirável.
ResponderExcluirOi, Wesley. Tudo bem?
ExcluirPois é, Wesley. Uma pena não ter continuado as filmagens, mas ainda bem que existe a Netflix. ♥ É bem original essa forma com a tragédia, tudo dando errado, a gente fica querendo que tudo dê certo, mas sempre parece um completo desastre. Eles são muito unidos e esse amor é bem visível ao longo da história. Não só a Violet, mas todos sempre um se importando com o outro e buscando formas de se livrar das garras do vilão malvado.
Até logo,
Pedro Silva
Obrigado pelo seu comentário!