Lido em: Abril de 2016
Título: Como Ser Solteira
Autor: Liz Tuccillo
Editora: Record
Edição: 2
Editora: Record
Edição: 2
ISBN: 9788501087935
Gênero: Chick Lit
Ano: 2016
Páginas: 434
RESENHA
O nome do livro já é bem sugestivo,
Como Ser Solteira. À primeira vista achei que seria mais um manual de autoajuda
chato, mas enquanto lia percebia que a autora tentava ajudar de uma maneira
mais solta, informal. Os capítulos vão se desenvolvendo por etapas de
“solteirice”, isto é, cada etapa que uma mulher, ou até homem, passa para achar
uma pessoa que seja compatível ou que sinta uma paixão intensa e até lá vão
conhecendo diversas pessoas, lugares, culturas mesmo que seja indiretamente, até
achar a pessoa que procura, contudo quanto mais as protagonistas procuram mais
decepções elas sofrem e consequentemente se transformam diante das situações da
vida.
A história começa quando Georgia
se separa do marido e procura por ajuda de como ser solteira, então ela vai
atrás de Julie (uma solteira de 38
anos que mora em Nova York) esta nunca tinha pensado sobre tal assunto, pois
como toda pessoa que mora em cidade metropolitana, vive ocupada. Ajudando as
amigas e divulgando livros de autoajuda - convenhamos que ajudam quase nada - Julie mal sabe que sua vida está prestes a tomar um rumo diferente do que ela
estava preparada.
Para ajudar Georgia, Julie reúne mais três amigas solteiras: Ruby, Serena e Alicia. As
quatro solteiras para ajudar a divorciada vão para um bar para esquecer os
problemas e observando o comportamento de cada uma, Julie começa a observar
como cada uma vive de sua maneira o jeito de ser solteira. Ruby é a deprimida,
pois todo namorado que tem acha que vai ser O único, mas a cada termino ela
entra em uma tristeza profunda, a última pessoa que ela amou foi seu gato, que
acabou morrendo. Serena é a hippie do grupo, era cozinheira, mas ao achar uma
religião que só medita, larga tudo e aceita o celibato. Alicia é a sensata,
advogada, que tenta achar o amor da sua vida em todos os lugares.
Elas percebem que foram longe demais quando Georgia entra em
uma briga e Serena sofre um coma alcoólico e lá Julie encontra com umas
francesas que ficam indignadas com o comportamento das amigas e em uma breve
conversa Julie descobre que as francesas lidam com o solteirismo de maneira
diferente e isso a faz questionar como as mulheres de outros países se
comportam a isso. Pegando suas economias e avisando sua chefe, Julie parte para
vários países para descobrir e escrever como cada cultura reage a ser solteira.
“Temos trabalhos e amigos, paixões e igrejas e academias e ainda não conseguimos evitar nossa natureza essencial de precisar ser amada e se sentir próxima de outro ser humano. ” (Pag. 47)
Julie na França descobre que as francesas são criadas para
ter orgulho próprio sem se rebaixar por um cara. Na Itália, as mulheres lidam
de uma maneira diferente, elas batem nos homens com uma frequência
inacreditável. No Brasil, como sempre, há o estereótipo que as brasileiras só
ligam para a aparência, no corpo ideal, só porque mostramos demais, no Rio de
Janeiro descobre a “ficada” que é um “namoro de uma só noite”, sem precisar de
encontros. A parte do Brasil foi a que me indignou mais pois a autora mostrou
que somos superficiais e que gostamos da traição. Já na Austrália, os homens
geralmente procuram mulheres abaixo dos 30, mas isso acontece porque as
ditaduras da beleza impedem que mulheres acima dos 35 possam ir a baladas por
estarem velhas demais, ou cansadas demais. Na China, Julie descobre que as
chinesas só querem caras ocidentais. E na Índia, vemos que as mulheres não
casam por amarem uma pessoa e sim pelo sistema de castas entre as famílias e
horoscopo, lá acreditam que o horoscopo mostra se as pessoas são compatíveis emocionalmente,
fisicamente e intelectualmente.
“ O ser humano foi feito para muitas coisas. Solidão não é uma delas”. (Pag. 375)
A história vai se desenvolvendo e com ela vemos as
transformações, o redescobrimento de cada uma das protagonistas, como paixões
se vão quando menos se espera, a desilusão sofrida, a busca pelo verdadeiro
amor e como a vida é cheio de encontros e desencontros.
A princípio Como Ser Solteira me desanimou um pouco, pois a
narrativa da Julie é muito chata, ela só pensa, em muitas vezes, nela mesma, se
vitimando. Eu, particularmente, não tenho paciência para dramas do tipo “nunca
vou achar ninguém”, claro, eu quero um amor, como todo mundo, mas aprendi com
os amigos, com as histórias, com a vida, quanto menos se procura a pessoa acha.
As protagonistas do livro me pareceram que iriam morrer se não achassem um
homem, negligenciando filhos, quase casando sem amor, muitas vezes o machismo
foi mostrado, porém é como a sociedade é hoje em dia. Contundo ao desenvolver
as personagens foram melhorando, vendo que homem não é tudo na vida, até porque
amor de amigos, família é algo lindo também.
Liza Tuccillo tem uma narrativa leve, fazendo com que a
pessoa termine o livro rapidinho, como disse ao longo da resenha, não gostei do
machismo mostrado e nem do estereótipo brasileiro. Mas uma das coisas que mais
gostei foi da lealdade de cada uma, se ajudando sempre que podiam. O livro é
meio bobo e as vezes da raiva, mas é divertido de ler, dá até vontade de largar
tudo e conhecer outros países, pessoas e culturas.
7 Comentários
Realmente também esperava mais da estória desse livro, não só porque a trama me pareceu clichê e super previsível, mas pelo fato de como a autora criou uma personagem com muito blá blá bla, pra mim o livro vai retrata a a fase solteira como algo comum, acho que ela poderia ter aproveitado mais esse tema, o que mais me chamou a atenção na resenha foi a amizade que as personagens criam a parti dos seus problemas, o companheirismo e a lealdade delas umas com as outras, esse e o tipo de livro que eu leria para curar uma ressaca literária, no entanto não esperaria mais do que uma estória para passar o tempo.
ResponderExcluirOie!
ResponderExcluirFiquei um pouco curiosa sobre esse livro mais por causa do filme mas acabou que a premissa não me atraiu e após os pontos que vc abordou serem presentes no livro sei que essa não é uma leitura pra mim. Ótima resenha!
Beijos,
Andy - http://WWW.STARBOOKS.COM.BR
Amei toda a premissa, realmente para alguém que era casado é bem difícil lidar com a nova fase, um ponto legal deste livro é que a personagem trabalha em uma editora, o que deve ser mostrado bastante no livro e fiquei bem curiosa com esse ponto, é lindo ver como o amor, divórcio e o casamento é tratado em outro países, também achei que seria um auto-ajuda, mas acho que ira ultrapassar minhas expectativas, algo ruim são as páginas brancas
ResponderExcluirOi SOfia, tudo bem?
ResponderExcluirOlha, sendo bem sincero, esse não é um livro que eu leria. Achei o enredo meio sem graça fora que não gostei muito do estilo das personagens e o tamanho também me desanimou. Enfim, não leria, mas para quem curte chick-lit deve gostar.
Não me interessei pelo livro. Nada sabia sobre ele, mas suas críticas sobre o modo como a autora foi invasiva e criticou o comportamento feminino me incomodaram. Certamente não gostaria do livro tanto quanto você não gostou. Uma pena.
ResponderExcluirOi Sofia, também pensei que esse livro era um manual de autoajuda bem chato mesmo, e apesar de parecer ser uma leitura bem leve, não pretendo lê-lo, já que teve certas coisas que eu li na resenha que não me agradou.
ResponderExcluirNão gostei do estereótipo do Brasil, pois realmente parece que as pessoas são superficiais, e se eu fosse realmente me encaixar em algum desses estereótipos, eu com certeza seria francesa! E eu também não gosto desse lenga lenga de "Eu nunca vou encontrar o amor da minha vida", como se a pessoa realmente precisa-se de um(a) companheiro (a) para ser feliz, até porque penso que nem você, quando deixamos de procurar é quando encontramos. E ainda bem que as personagens amadureceram!
Mas como já havia dito antes, não prentendo lê-lo. Beijo!
Olá Sofia tudo bem?
ResponderExcluirBom a capa do livro não me agradou muito e o tema também não. É bem dificil eu gostar de livros assim e embora eu não saiba se ele se encaixa no gênero chick-lit dos poucos que li gostei bastante, mas Como Ser Solteira não me chamou nem um pouco a atenção. Mesmo tendo uma narrativa fluída, o machismo e o esteriótipo Brasileiro que você citou contribuíram para que eu ficasse mais ainda com o "pé atras" com este livro. Por hora não seria uma leitura que eu gostaria de fazer, mesmo com os pontos positivos que você destacou.
Abraços, Carlos.
Obrigado pelo seu comentário!