Título original: El coronel no tiene quien le escriba
Autor: Gabriel García Márquez
País de Origem: ColômbiaEditora: Record
Ano: 1968
Páginas: 95
Tradutor: Danúbio Rodrigues
Ilustrações interna: Carybé
Avaliação:
Resenha
Em Ninguém Escreve ao Coronel, livro escrito em 1957 (época em que García Márquez passava por uma situação financeira crítica e que nos é passada através dessas 95 páginas), vamos conhecer a história de um coronel jubilado que divide sua vida cheia de miséria com sua esposa e um galo de briga herdado de seu finado filho, assassinado por um soldado acusado de subversão do sistema. Eles vivem numa cidade muito regrada, onde filmes são censurados pela igreja e a população usa de um jornal de bilhete para difundir informações que não não apresentadas no diário oficial.
A trama gira em torna de uma longa espera que faz o Coronal ir todas às sextas-feiras conferir se a lancha dos correios lhe trouxe a carta de pagamento de sua tão aguardada pensão de aposentadoria. Há 15 anos essa espera tem sido frustada. Mesmo ouvindo o costumeiro "Ninguém Escreve ao Coronel" do carteiro, ele sabe que para a sua família, esse dinheiro é de extrema importância.
A situação financeira passa a ser nula, a comida está se acabando, a velha doente, nada do dinheiro do estado chegar... A única solução cogitada por eles passa a ser a ideia de vender o galo, ou esperar para arrecadar dinheiro no próximo ano quando ocorrerá uma rinha de galo.
Gabriel Gárcia Marques critica essa burocracia criando personagens carregados de sofrimento que dependem do esquecido Estado para sobreviver. Além disso, crítica também a visão do mundo sobre a América Latinha quando diz, na página 35, que os demais caracteriza-nos como "[...] homem de bigodes com um violão e um revólver" e completa "[...] Não entendem nossos problemas."
Ilustrações de Carybé |
O Coronel é um homem que mesmo na miséria, ainda tem o seu orgulhoso, ao contrario da velha mulher que dá soluções inaudíveis ao coronal, mas que poderia sim resolver seus problemas.
Esta é uma novela genial de rápida leitura, que usa da penúria e velhice para nos fazer refletir sobre a esperança, pois por mais que as coisas pareçam perdidas para o Coronel, ele jamais deixa de crer que sua carta irá um dia chegar, não perdendo a expectativa em sua aposentadoria.
16 Comentários
Pedro <33 O que falar de uma resenha do Gabito? hahaha Adoro quando encontro mais leitores de Gabriel Garcia Marquez por aí... e esse jeito dele de falar da America Latina me encanta! Posso saber porque não ganhou 5 troféus?? =) e eu ainda to em JP, talvez reapareça em CG antes de ir embora, mas eu fico muuito isolada lá. Não sai pra nenhum lugar (eu teria te avisado!), mas se vier pra jp me avise!
ResponderExcluirOi, Vanessa. Você por aqui <3
ExcluirEle não ganhou 5 por conta do final, apesar e ser chocante e de deixar o leitor de queixo caído, eu senti uma necessidade de saber mais sobre os personagens e seu futuro. haha.
Se eu for pra JP lhe aviso sim, po'deixar. ^^
Ei Pedro
ResponderExcluirGente, se le umas requilias. Nunca ouvi nem falar nesse livro D: E olha só sua empolgação na resenha *-* Parece ser bem legal, pena que não distopia KKKKKKKKKKKKKKK
Abraços
David Andrade
http://www.olimpicoliterario.com/
Oi Pedro, tudo bem?
ResponderExcluirEu não tinha ouvido falar deste livro, mas gostei da premissa e de como você falou dos que os personagens passaram, não desse fácil viver numa situação dessa e espero que no final ele tenha recebido a aposentaria. Pelas fotos, esta edição é linda e quando o livro é capa dura já é um grande diferencial, né? Já adicionei no skoob e pretendo ler quando possível.
Beijos,
www.leitorasempre.com
Olá, Pedro!
ResponderExcluirEu nunca li Gabriel e nem sei se quero. Esses livros mais clássicos, mais cult, não são minha praia. Gosto dos temas que o autor aborda e das críticas que faz através do texto, mas tenho muito medo de mais uma vez me decepcionar. Também não tô numa fase boa pra ler histórias pra baixo, preciso de algo que me motive nesse início de ano.
Mas, de toda forma, foi bom conhecer outro título desse autor (só conhecia o Putas Tristes).
Beijinhos!
Giulia - www.prazermechamolivro.com
Moça, na boa, lê Cem Anos de Solidão, do Gabriel que você não vai se arrepender. A escrita dela é fantástica, única. Não foi a toa que ele ganhou o Nobel de Literatura. Sério, este livro é um dos melhores que já li. Se um dia vc for ler, deixa a história te pegar, se envolva nela, é poesia pura. Tenho certeza que não se arrependerá. Cem Anos de Solidão é a porta de entrada para as drogas mais forte do Gabo. =D Hehehehe.
ExcluirNossa, 15 anos esperando uma carta de aposentadoria? Que coisa mais horrível, imagina o desespero que a pessoa começa a sentir, principalmente com uma família pra sustentar. Achei bonito ele nunca perder a esperança, mesmo com a situação ficando cada vez pior. Espero ter a oportunidade de ler.
ResponderExcluirBeijo!
Ju
Entre Palcos e Livros
Olá, tudo bem?
ResponderExcluirGosto de clássicos, mas só leio os que tem na estante do meu avô, e até agora não vi nada do Gabriel por aqui :/
Gostei da enredo e mais ainda da tua empolgação na resenha hahah show.
Aaahhh! Achei um diferencial as ilustrações, dão um glamour a mais para a história.
Beijooos!
Quinze anos esperando um dinheiro que provavelmente nunca chegará.. que triste isso!
ResponderExcluirEu me interessei pelo autor no curso de espanhol e até iniciei uma de suas leituras, mas nunca mais achei seu livro em espanhol. Memorias de minhas putas tristes, conhece? Não me interessei muito por essa história, triste demais, mas vou procurar esse que citei =D
Beijiinhos ;*
Andressa - Blog Mais que Livros
O Coronel pode responsabilizar civilmente o Estado? há tributação na atividade exercida pelo Coronel?
ResponderExcluirKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
ExcluirPergunta pra Ivana.
Excluir"Pergunta pra Ivana" UAHUAHAUHAUAHUAHAUHAUAHUAHAUHAUAHUAHAUAHUAH
ExcluirA resposta que é bom ninguém respondeu UAHAUAHUAHUHS
ExcluirEsses alunos da Sala são fooooda.. vou contar tudo para Ivana hahah
ResponderExcluirNao e um livro sobre a esperança, mas sobre a espera. Facil de ler, mas rico em significado, pois mais que uma metafora da America Latina na figura do coronel a quem muito se prometeu, tambem retrata a desilusao humana numa perspectiva individual
ResponderExcluirObrigado pelo seu comentário!