Autor: Cath Crowley
Título original: Graffiti Moon (2010)
Tradução: Marina Slade
Editora: Valentina
Edição: 1
ISBN: 978-85-65859-22-6
Gênero: Romance jovem adulto
Ano: 2015
Páginas: 240
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Avaliação:
Resenha
Desde a primeira vez que vi Graffiti Moon sabia que seria um livro interessante de se ler, isso porque naquele momento (meados de 2011) eu estava num vivendo a fase do "romantismo" na vida de qualquer adolescente. No entanto, a leitura do livro só foi feita em 2017, ou seja seis anos após aquele primeiro contato de interesse. Talvez o resultado dos livros tenha tido outros efeitos em mim, mas não perdeu o seu encanto.
A narrativa se passa na Austrália, e logo sabemos que nesse país o sistema de ensino é diferente do nosso Brasileiro. Os dois últimos anos da escola são destinados a preparação para a ingressão na universidade e dão enfase ao curso que o aluno escolher. O último ano do ensino médio acabou para Lucy, e tudo o que ela quer é aproveitar o último dia de aula com as suas amigas virando a noite comemorando com suas amigas Daisy e Jazz.
Lucy tem uma vontade enorme de conhecer o Sombra, um graffitero misterioso que faz artes nos muros da cidade mas que oculta a sua identidade. Ele trabalha acompanhado do Poeta, o qual faz versos para as ilustrações. Lucy acredita que o Sombra é um cara diferente, sensível, já que ele é um artista e diz muito nas mensagens que passa e logo alguém por quem ela pode se apaixonar.
Durante a comemoração, Ed, um cara com quem Lucy já teve um encontro e que não saiu nada bem porque ela deu um soco que quebrou o nariz do rapaz, aparece dizendo que sabe como encontrar o Sombra, e seu amigo Léo confirma. Logo, uma caçada à noite, pelas ruas, estações e inúmeras paredes da cidade começa. Lucy e Ed juntos analisando as artes do Sombra e discutindo sobre arte, passado, vida e tudo mais. E a moça ficará dividida entre um pintor sensível mas anônimo e o babaca que apalpou a sua bunda sem consentimento mas que agora, diante dela, se mostra amadurecido.
Para quem gosta de narrativas ágeis Cath Crowley oferece uma ótima. Dividido entre Lucy e Ed, temos dois pontos de vista, sabemos tanto o que se passa na cabeça dela, quanto a dele e essa forma de narrar amplia muito o campo de visão do leitor. O que é um ponto positivo para a autora. E ela ganha mais destaque quando somadas a terceira narrativa que o livro possui na forma de poemas do Poeta.
Apesar de ser um jovem adulto, em nenhum momento encontramos as personagens se lastimando sobre problemas fúteis, na verdade cada um tem uma preocupação séria. Ed com a sua mãe que sempre foi a única provedora da casa, e que por isso ele tenta ajudar como pode para que ela se mantenha no curso de enfermagem e divida o aluguel com ela. Já Lucy passa por uma crise no casamento dos pais, onde o pai passou a viver na garagem de casa.
Gosto da forma como a autora escreveu essa história e o modo que escolheu para contar apenas em uma noite. No entanto, ela pecou ao colocar situações muito inocentes em alguns momentos, como por exemplo na personagem Lucy que não consegue enxergar quem é o Sombra. Por outro lado, é uma história de amor muito leve e gostosa de se ler, daquelas que gostaríamos de vier igual. Além disso, o livro todo é rico em referências à inúmeras artes, temos autores, pintores, artistas plásticos, músicos, cineastas e tantos outros que dão um charme principalmente quando sabemos das obras que as personagens estão falando.
No fim, Graffiti Moon é um romance envolvente, mas que se lido no momento certo, pode entrar para a sua lista de favoritos.
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