Resenha #154: A Arte Do Descaso - Cristina Tardáguila

TítuloA Arte Do Descaso
AutorCristina Tardáguila
EditoraIntrínseca
Gênero: Não Ficção - História - Jornalismo
Ano: 2016
Páginas: 192

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Avaliação:




RESENHA



Em A Arte do Descaso, a jornalista mineira Cristina Tardáguila investiga o maior roubo a museu do país. Tudo aconteceu em 2006 durante o feriadão de carnaval. Enquanto os foliões estavam curtindo a festa no bloco das Carmelitas, quatro homens armados invadiram o museu Chácara do Céu, localizado no bairro carioca de Santa Teresa, renderam os seguranças e os cinco visitantes que estavam presentes e conseguiram roubar cinco peças que juntas, na época, chegavam a valer mais 10 milhões de dólares. Entre as obras furtadas estavam um A dança", de Pablo Picasso, "Dois balcões", de Salvador Dalí, "Marine", de Claude Monet, e "Jardim de Luxemburgo", de Matisse, além do livro "Toros", de Picasso

Em sua investigação, a jornalista percebeu várias dificuldades para realizar a pesquisa justamente porque tinha se passado alguns anos quando ela começou a coletar dados para a construção de sua obra. Ela viajou a países estrangeiros, teve palestras com grande nomes que investigam roubos e entrevistas com pessoas que estavam no museu no dia do crime. A principio o que encontrou foram poucas informações e uma grande falta de desempenho das autoridades para solucionar o crime que até então estava esquecido e sem solução alguma.


A narrativa é em primeira pessoa e apesar do livro se focar no roubo à Chácara do Céu, em alguns momentos, Cristina Tardáguila foge um pouco disso e fala de inúmeros casos mundiais de roubos de artes para exemplificar casos solucionados e tentar achar uma ligação com o que acontece aqui no Brasil com um ritmo de tirar o folego em alguns momentos e que pode agradar ao fãs de Dan Brown.


Para quem curte ates, o livro é um prato cheio de informações sobre obras famosas, o mercado negro de artes e peculiares curiosidades sobre esse mundo tão desconhecido. Mas além de tudo, o livro se manifesta e ressalta que não devemos deixar esse caso ser arquivado, ele precisa virar ação judicial até 2026 sob pena de deixar de ser considerado roubo. Ainda, infelizmente, há um certo tratamento inferior para esse tipo de crime pois as obras não são vistas como importantes ou parte de crimes.

A edição da Intrínseca está impecável. Folhas amareladas e uma fonte de bom tamanho e não foram encontrados erros de revisão. A edição ainda conta com ilustrações, incluindo algumas da Chácara e outras das obras furtadas. 

Att,
Pedro Silva

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8 Comentários

  1. Inacreditável como um crime tão grave continua sem solução e, pior ainda, sem ser conhecido pelo grande público. Eu mesma nunca tinha ouvido falar dele até agora. Achei muito bonita a edição e com certeza vou procurar saber mais sobre o livro.

    http://notasmentaisparaumdiaqualquer.blogspot.com/

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  2. Queria ler esse livro. É um caso que nem tinha ideia de ter acontecido até ver esse lançamento. E parece que ela mostrou bastante detalhes, dá pra ter uma noção muito melhor que ficar procurando coisas dele por aí. Bem interessante pra quem gosta de artes mesmo.

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  3. Também não sabia que em 2006 tinha acontecido roubos de obra de arte, mas também isso tem muito tempo, e se foi comentado pela mídia quase ninguém vai se lembrar. Não sei nada sobre obra de arte, e acho que esse livro além de retrata algo real, e uma boa oportunidade para quem tem vontade ou quer conhecer mais sobre esse tema, achei bem legal, e fiquei realmente interessada nessa leitura.

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  4. Oi Prdro, tudo bem?
    Eu devo admitir que não sabia desse roubo e se visse esse livro na livraria passaria direto. A história parece interessante mas não me atraiu muito, e acredito que não o leria.
    É de dar tristeza o crime estar arquivado e não sendo investigado.

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  5. Adoro livros sobre crimes, esse sempre me chamou muita a atenção, roubar um museu é algo bem exótico, acho que o livro deve tratar de maneira excepcional do caso e nos fazer ficar cada vez mais curiosas em saber quem o cometeu

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  6. Esse livro parece interessante! Acho que pelo fato de ser uma jornalista a relatar nos envolve muito na leitura. E a história parece até coisa de filme, sendo que aconteceu aqui na nossa realidade. É uma boa ideia para gente acompanhar crimes reais!

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  7. Eu conheci esse lançamento na turnê intrínseca e apesar de achar a premissa bem interessante, já que casos assim ocorrem com muita frequência no Brasil e na maioria das vezes não encontram os culpados e nem recuperam os intens roubados, acho que eu não leria.
    Acho a leitura muito válida, ainda mais por deixar essa questão em evidência e abrir ainda mais discussões, contudo não é um tipo de leitura que me agrada muito. A edição realmente parece linda, ainda mais por ter as imagens das obras de arte, isso com certeza dá um toque a mais na leitura.
    Beijo *-*

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  8. Olá Pedro, nunca li um livro que fosse realmente uma investigação como este, que me lembrou bastante os livros do Dan Brown. Mas a história da arte é algo que me interessa muito e me deixa bem intrigado, além de roubos e afins contamos também com muitos mistérios ainda não resolvidos e isso é o que mais me chama atenção. Eu leria esse livro se tivesse a oportunidade sim,mas não por agora.

    Abraços, Carlos.

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