Autor: Lemony Snicket
Ilustração: Brett Helquist
Tradução: Carlos Sussekind
Editora: Seguinte (Companhia das Letras)
Edição: 1 (20° reimpressão)
ISBN: 9788535901719
Gênero: Ficção / Aventura / Juvenil
Ano: 2001
Páginas: 192
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Avaliação:
Resenha
Chegamos então ao terceiro livro de "Desventuras em Série", publicado originalmente em 2000. Esses três primeiros livros deram origem ao filme de 2004, no qual Kim Carrey levou o óscar de melhor maquiagem.
Depois de ter escapado de um casamento planejado forçosamente em "Mau começo" e de correr das mãos do conde Olaf em "A Sala dos Répteis", Violet, Klaus e Sunny ficaram mais uma vez à deriva e tiveram que se mudar. A obra começa com eles sentados no Cais de Dâmocles à beira do Lago Lacrimoso. Sua nova tutora será a tia Josephine, uma mulher bem tímida e que possui medo de absolutamente tudo. Para ela, qualquer coisa pode gerar uma catástrofe. Além dessas características, ela adora gramática, tanto é que em sua casa há uma biblioteca só com livros do gênero. Seu esposo, Belo, faleceu quando tentou atravessar o lago e foi comigo pelas perigosas sanguessugas do lago Lagrimoso.
A casa da tia Josephine se estabelece no cume de uma montanha à beira do lago, sustentada por estacas que não parecem muito eficazes. Com a anunciação do Furacão Hermano, morar naquele lugar parece extremamente perigoso, embora não seja esse o motivo das preocupações das crianças quando se deparam com o capitão Sham, uma figura familiar. Ele bolará um plano para tomar a tutela das crianças, ameaçando a vida da Tia Josephine e todos os que estão em sua volta. Caberá, mais uma vez as crianças achar um formula para desmascarar capitão Sham e mostrar aos adultos que as aparências enganam.
Em "O Lago das Sanguessugas", as crianças reforçam as suas inteligências, cada qual a sua maneira. Violet inventando coisas e Klaus usando seu pensamento e todo o seu conhecimento adquirido pelos livros que devorou. Mas quem realmente ganha destaque nesse momento é a pequena Sunny, que é a grande responsável por trazer a tona o pequeno detalhe que mudaria o rumo dessa história, e esse momento foi bem aliviador e divertido.
Tia Josephine foi uma personagem da qual nutrimos um sentimento ambíguo, ao mesmo tempo em que sentimos empatia, acabamos por não gostar de suas atitudes egoístas. Mas a coitada devia ter algum trauma maior para justificar os seus medos. Além do mais, seu vicio em se preocupar mais com os erros gramaticais das crianças a deixou negligenciar sua própria vida. Ela não era uma tutora responsável, assim como o Sr. Poe e é sisso o que dá raiva.
O narrador continua soltando detalhes próprios, de pessoas que ele conhece, locais onde esteve e visitou, o que reforça a ideia de um narrador-personagem.
Esse foi um bom livro da série, que me despertou vários sentimentos de raiva, felicidade e empatia. No final, o conde Olaf acabou soltando uma pequena frase que abriu o debate acerca das reais causas do incêndio que matou os pais Baudelaire. Será que não foi acidental?
E você, o que achou desse terceiro livro?
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